Acusado de matar e esconder corpo da esposa em poço é condenado a 20 anos de prisão, em Apucarana
23/06/2022
(Foto: Reprodução) Maria Helena Carvalho tinha 28 anos quando desapareceu em 2019 e, depois, foi encontrada morta, em 2020. Júri popular ocorreu nesta quinta-feira (23). Maria Helena tinha 28 anos quando foi morta, em Apucarana
Arquivo pessoal/Imagem autorizada
Um réu acusado de matar e esconder o corpo da esposa, em Apucarana, no norte do Paraná, foi condenado a 20 anos de prisão em regime fechado. A decisão do júri ocorreu na tarde desta quinta-feira (22).
Maria Helena Bispo Carvalho tinha 28 anos quando desapareceu, em setembro de 2019, após uma discussão com o marido. O corpo da vítima foi encontrado oito meses depois, em maio de 2020, dentro do poço de uma chácara.
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Melo era réu confesso e foi condenado a 18 anos e 9 meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, sendo feminicídio, motivo fútil e asfixia, e por 1 ano e 3 meses de detenção pela ocultação de cadáver.
A vítima deixou duas crianças. Agora, o menino tem 12 anos, e a garota seis anos.
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Irineu Garcia Riccardi/Arquivo pessoal
O promotor de Justiça do caso, Eduardo Cabrini, disse que irá avaliar se recorrerá da decisão, pois esperava uma pena maior devido a gravidade do caso.
Melo está preso desde 2020, em Santa Catarina, onde cumpre pena de 11 anos pelo crime de tentativa de feminicídio, que foi cometido no estado.
O júri popular começou às 8h30 desta quinta-feira e terminou por volta das 17h30. Para participar do julgamento, o réu foi levado de Santa Catarina para Apucarana. Agora, retornará ao estado.
O g1 não tinha conseguido contatar os advogados de defesa e acusação até o fechamento desta reportagem.
Thomas Melo foi condenado a 20 anos de prisão pela morte de Maria Helena, em Apucarana
Cedoc/RPC
Registros em câmeras
Imagens de câmeras de segurança do prédio onde o casal morava ajudaram na investigação. Os vídeos registraram as últimas imagens de Maria Helena, no dia 11 de setembro, data do desaparecimento, conforme a polícia.
À época, as câmeras mostraram Thomas, Maria Helena, a filha de 3 anos, e o enteado do réu de 8 anos. Depois de um curto espaço de tempo, a família deixou o prédio em um carro.
No dia seguinte, câmeras registraram Thomas na garagem em atitude suspeita. Ele retirou o carro do prédio e, depois, apareceu saindo a pé com a filha e o enteado.
Neste dia, segundo a polícia, o suspeito pediu para o pai do menino, filho apenas de Maria Helena, buscá-lo na escola.
Câmera de segurança gravou a última vez que Maria Helena foi vista em Apucarana
Polícia Civil/Divulgação
No dia 15 de setembro, o suspeito apareceu mais uma vez no prédio. Ele levou para o carro várias malas e objetos. Na última cena, com a filha no colo, ele foi até o veículo e saiu. A menina foi deixada com a mãe do suspeito.
Dias depois de saber onde a neta estava, a mãe de Maria Helena conseguiu na Justiça a guarda provisória da menina.
Naquela época, Madalena Carvalho, irmã de Maria Helena, contou que a criança era atendida por um psicólogo.
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